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Autoconhecimento




O que é se autoconhecer?


Implica também em entender o que desconhecemos em nós mesmos. Tem muita coisa que acontece em nossa vida que passa despercebido, pois trata-se de questões inconscientes: que vão moldando nossas falas, atitudes, ações e formas de se relacionar com o outro sem percebermos. Muitos dos nossos comportamentos, que são de um certo modo observáveis, tem como causa outras questões que são mais subjetivas, portanto, muitas vezes imperceptíveis. Nesse sentido, muito do que está por detrás do que percebemos de nós mesmos, não conhecemos ou não entendemos.


É por isso que tem muita coisa em nossa vida que se repete: sofrimentos e situações que se assemelham e nos colocam de frente com a nossa dificuldade de mudar e de fazer de outro modo. E porque existe essa dificuldade? Devido às formas de gozo (inconscientes) de cada um, isto é, as satisfações que obtemos no dor e no sofrimento. Também existem as nossas fantasias fundamentais (dinâmicas que nos estruturam) os significantes (palavras que marcam a nossa história), nossos manejos perante à falta (os limites e as separações primordiais), o desejo (que muitas vezes vai na contramão do que queremos), entre outros fatores inconscientes que nos orientam em certas formas de ser. Enfim, existem inúmeros fatores que giram em torno da nossa mente sobre os quais não sabemos, nos fazendo tropeçar e mancar em nossos caminhos.


Como, então, se autoconhecer levando em conta tudo isso que desconhecemos? É o famoso “fale mais sobre isso”, pois, a partir da fala, pode-se apostar em elaborações que começam a revelar por onde cada questão se passa, iluminando o olhar para isso que atravessa a sua história e que está por detrás de muito que ocorre em sua vida. A partir disso, a pessoa (sujeito do inconsciente) pode entender melhor o lugar de seus sintomas em sua história, apostando em novas soluções e aprendendo a conviver, dentro do possível, com isso que é incurável. Ou seja, a possível cura no autoconhecimento é que, quando se entende mais sobre a fonte de nossos sofrimentos e de nossas questões, podemos apostar em novas formas de lidar com tudo isso, colocando a nossa história em movimento.

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