Diagnóstico

Cada área da psicologia vai lidar diferentemente com os diagnósticos!
Existe o DSM e o CID: utilizados muitas vezes por psiquiatras e alguns psicólogos, mas não pela psicanálise. Eles são manuais mundiais de doenças mentais, onde vão ser definidos transtornos e síndromes em sua maior parte! Lá são citados sintomas por um período de tempo, que irão enquadrar a pessoa em um determinado diagnóstico! Tudo depende de como profissional utiliza esses recursos, mas se ele segue “ao pé da letra”, focando em sintomas e sem levar em conta o contexto de vida das pessoas, todo mundo vai acabar se encaixando em algum transtorno e precisando de alguma medicação!
A PSICANÁLISE, por outro lado, trabalha com diagnóstico estrutural, que vai dizer da estrutura psíquica da pessoa que é formada na infância: Neurose, Psicose ou Perversão.
Mas obviamente dentro de cada estrutura existem mil variáveis e possibilidades, isso não define personalidade nem coisas do gênero, é algo mais sobre o modo do inconsciente funcionar! Mas esses diagnósticos estruturais normalmente nem são comunicados com o paciente, serve mais, como já falei em outro post, para saber como conduzir o tratamento daquela pessoa! Não tem a intenção nenhuma de rotular ninguém!
Se você já recebeu algum diagnóstico psíquico, saiba que você é muito mais que seu diagnóstico! Você não é “deprimida” ou “bipolar” (nomeações comuns de DSM e CID) você é uma pessoa que possui “depressão” ou “bipolaridade” !
Não utilize os diagnósticos, caso sejam recebidos, para definir quem você é. E muito menos para justificar e tirar sua responsabilidade sobre suas ações. Tem pessoas que às vezes usam do diagnóstico que recebem como uma forma de justificarem porque agem de determinada maneira! Temos responsabilidade sobre o que falamos e sobre nossas ações.
Claro, sempre há casos à parte, que são mais complexos e que a pessoa perde a noção da realidade, mas tudo isso a ser trabalhado com os profissionais de saúde mental, tentando retornar a responsabilidade para o indivíduo!
Muito importante entendermos que diagnóstico não serve pra rotular e nem abafar a subjetividade das pessoas!