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Resistência

Atualizado: 31 de jul. de 2019



É muito comum as pessoas irem em profissionais de saúde mental, se sentirem meio desconfortáveis e não quererem voltar mais. Ás vezes já vai há um tempo, mas certos assuntos a desanimam e fazem desistir de ir. Saiba que muito disso ocorre devido a

« resistência »

A resistência é uma defesa do seu consciente em relação à assuntos do seu inconsciente!

Como explicado no post sobre o « inconsciente » , o mesmo quer sempre se tornar consciente, mas como são assuntos traumáticos e dolorosos, o consciente recalca (manda de volta) para o inconsciente e, assim, passa despercebido e é esquecido por nós

.

Num processo terapêutico/analítico, certos assuntos podem permear aspectos inconscientes – mesmo que a gente não perceba, o analista que vai te ajudar a percebe-los –, e isso pode nos fazer sentir mal e causar um desconforto.


Isso é resultado da resistência => o seu consciente está trabalhando para que os assuntos inconscientes se mantenham inconscientes, então ele vai provocar um desconforto para que você desista do tratamento e para que os assuntos do inconscientes permaneçam

« adormecidos ».


É importante entender que isso é NORMAL: é algo que usualmente está por detrás das desistências de tratamentos psicológicos. É uma própria defesa do seu consciente! Mas obviamente até a defesa passa despercebida por nós e a gente não entende o real motivo de estarmos desistindo e ocasionalmente “joga-se a culpa” em outro lugar!

Claro, como tudo, isso não é regra! Mas acontece na maioria dos casos, e é importante entendermos isso para darmos continuidade ao tratamento que iniciamos! Lembrando que também até estabelecer a transferência (uma espécie de vínculo com o analista) demora, então tudo isso pode afetar, principalmente, o início de uma terapia/análise! Por isso é importante insistirmos, mesmo que inicialmente a gente não se sinta totalmente a vontade e muito menos saia da sessão se sentindo leve, às vezes nos sentimos mais “pesados” do que entramos!


Também é equivocado pensar que o trabalho de um terapeuta/analista é te fazer se sentir feliz! Não trabalhamos com ditadura da felicidade! O nosso trabalho consiste em implicar o paciente em suas próprias demandas e questões, e ajudá-lo a decifrar certos aspectos de sua fala que passam despercebidos. É, além de tudo, um processo de auto conhecimento! E nem sempre as intervenções feitas fazem a pessoa se sentir bem, mas são intervenções que tem por objetivo ajudar a pessoa a se tornar consciente de certas questões. De se implicar e se responsabilizar pelo o que ocorre em sua vida, assim como das queixas que trás através da palavra.


NÃO É CLÍNICA DO BEM-ESTAR, E SIM DO BEM-DIZER!

O resultado do “bem-estar” pode vir com o tempo, pois trabalhando-se certas questões, por mais doloroso que possa ser, ajuda a pessoa a se implicar, a saber o que dizer, e a entender suas reações diante de coisas da vida.

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